É de ordem comum em minha carreira enquanto professor de filosofia as diversas dificuldades basais que vem aparecendo dentro de sala de aula. Gostaria de utilizar este espaço para deixar fluir algumas de minhas ideias - até mesmo como planejamento de um futuro livro - sobre como tentar solucionar alguns dos pilares que sustentam as mazelas do entendimento.
O currículo atual não maneja as reais necessidades de sintetizar qualquer tipo de conhecimento duradouro, a educação, principalmente no Brasil, ainda é muito mecânica, robotizada, facetada em decorebas das mais diversas.
Educar uma criança não é somente algo de ordem familiar, porém a sua gênesis se dá no ambiente familiar - o cuidado com os filhos(as) e um espaço para o "amadurecimento acompanhado" são fontes fundamentais para alavancar todas as potências de nossas crianças.
- Atenção: para quando problemas relacionados ao entendimento possam vir a aparecer (quanto mais cedo observarmos as deficiências de nossas crianças, melhor é para conduzi-la a uma melhora em sua qualidade de vida e aprendizado).Devemos também ter a maturidade, enquanto adultos, de perceber e aceitar as desvantagens/defeitos/deficiências de nossos(as) pequenos(as). Ninguém é perfeito, principalmente nós e nossos(as) filhos(as).
- Amor e Carinho: envolver o jovem em um âmbiente tranquilo, aconchegante, com pouco barulho (o que melhora na concentração) - ensiná-los sobre música, arte e leitura. A arte de ler para os(as) pequenos é de suma importância para gerar a vontade do mesmo(a) de ir atrás da própria busca pelo conhecimento. O entendimento não se dá somente pela prática em sala de aula, pelo professor, pelo Estado ou pelos pais - grande parte deste porte se dá pela própria criança e ela precisa compreender o mais rápido possível.
O que é de ordem do Professor e do Estado
Aqui é que entraremos em um sentido mais utópico de educação, pois está bem fora de nosso alcance qualquer tipo de mudança substância no que é de ordem do magistério/professora e do Estado (ponto ainda mais difícil de se tratar). Em resumo, o formato de como se ensina hoje em dia não corresponde as verdadeiras potências que um ser humano, em idades menores, pode de fato alcançar.
Peguemos a matemática como exemplo: muito se fala em formulas e resolução de problemas, porém, quando vamos aprender sobre a origem da própria matéria? O que levou até a formulação daquela síntese ou aquela formula? A história da matemática deveria ser tão importante quanto o próprio conteúdo da matemática.
E como também podemos aprender matemática de fato sem termos qualquer tipo de base na lógica? Alguns nem sabem da própria existência da lógica - e isso é um perigo dentro de um mundo cada vez mais moderno e mais tecnológico e sendo totalmente voltado para programações e funções computacionais (aprender binário é uma das formas de se aprender lógica).
Em suma, ainda é um caminho muito grande a se trilhar e pouco foi formulado, são apenas ideias a serem expostas para tentar formular um pouco também de como seria o meu próprio método de dar aulas, focado sempre no princípio da ciência.