Comecei a lecionar aos 13 de anos de idade, como professor voluntário assistente em um projeto de educação de jovens e adultos. Após um período como professor assistente, assumi turmas próprias e lecionei para salas de alfabetização e nas disciplinas de português, inglês e história. Me apaixonei pela educação e, após um período trabalhando como instrutor de escalada esportiva, ingressei no curso de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) com a pretensão de construir uma carreira como professor de sociologia, história ou inglês.
Rejeito modelos pedagógicos "bancários", que negam a autonomia e a capacidade dos educandos e acredito que a educação exige compromisso, seriedade e afeto. Busco sempre relacionar os conteúdos trabalhados em aula com os interesses e experiências dos educandos e incentivar a curiosidade e a construção autônoma (porém guiada) de saberes, o que torna as aulas mais interessantes e contribui imensamente para a retenção do conteúdo trabalhado.
Como professor de inglês, dou preferência à capacidade de comunicação (compreensão e expressão oral e escrita); acredito que seja pouco produtivo trabalhar excessivamente na pronuncia de palavras, uma vez que a língua inglesa é falada em diversos países e, devido a existência de diversos sotaques e diferenças regionais, não existem formas corretas e incorretas de pronúncia. Assim como o português, o inglês possui variações fonéticas e até mesmo ortográficas de acordo com a região. O objetivo do ensino de inglês deve ser abrir possibilidades profissionais, pessoais e educacionais através de um ensino que leve em consideração tais variações.
Acredito que o ensino de história ou de sociologia devem estar sempre relacionados à realidade do educando e que, através do estudo dessas disciplinas, é possível ampliar a visão de um indivíduo acerca de si e do mundo que o cerca. A honestidade é sempre importante e é preferível à uma falsa neutralidade quando são discutidos assuntos polêmicos em aula, o que não significa que o conhecimento produzido e repassado nas áreas das ciências humanas não deve ser objetivo e ter embasamento científico rigoroso.