Aprender história pode ser muito agradável. Além do conhecimento que você ganha para você mesmo, conversar sobre o que já aconteceu pode ser muito interessante em qualquer roda de conversa. É claro, na prática, aprender história normalmente vai fazer você ficar um tempo lendo, o que algumas pessoas acham chato - mas aqui também vou dar uma dica de como deixar essa atividade (a leitura) mais agradável também.
Dica 1: comece pelo básico
Tem dificuldade de entender o período do Segundo Reinado (1840-1889) no Brasil? Volte mais para trás. O Período Regencial e Primeiro Reinado também não estão claros? Não tem problema, vamos para o período em que D. João VI, então Rei de Portugal, veio morar no Brasil. Não entendeu por que isso aconteceu? Vamos aprender também. A história tem muita continuidade e as mudanças, normalmente, são bem lentas. Por isso, vale a pena conhecer o capítulo anterior, para entender os acontecimentos que vêm depois. É melhor ter boas bases, ou seja, saber do básico, para então se aprofundar. E o que é o básico? O estudo de história, pode-se dizer, se trata de duas partes - uma delas, a sequência de eventos e a outra, as características daquele lugar que se está estudando.
Por exemplo, no estudo da história do Brasil, onde se incia a sequência de eventos? Muitos diriam no "Descobrimento" do Brasil em 1500, pelo português Pedro Álvares Cabral. Mas alguns apontariam que, em 1492, Cristóvão Colombo, um genovês financiado pelos reis espanhóis, já havia chegado no Caribe; e que em 1494 o Tratado de Tordesilhas parecia prever o encontro de terra firme no meio do Atlântico. Como entender essas viagens e esses tratados? Vamos ver o que estava acontecendo em Portugal e Espanha - por que esses reis queriam mais terras? Que sociedade era essa? Isso é voltar ao básico. Se a sua dúvida não é sobre a época do descobrimento, tente avançar no tempo e encontrar o ponto onde você não consegue mais saber quem governa, como é a composição social, quais forças existem no lugar, como é organizada a economia etc. - esse ponto pode estar dificultando sua compreensão do que vem depois.
Dica 2: cuidado com as fontes de informação
Hoje em dia, os buscadores como o Google já fazem alguma filtragem dos resultados da pesquisa, mas é sempre bom ficar atento, e focar em sites associados à grandes portais, que zelam pelo conteúdo de qualidade. Os artigos autorais, ou seja, com crédito ao autor(a), pelo menos aumentam a responsabilidade por aquela informação. Ainda melhor são aqueles que citam as fontes no final. Mas em geral, as páginas dedicadas à eventos históricos de portais como Brasil Escola,TodaMatéria, Guia do Estudante etc. são ótimos resumos.
Dica 3: estude de forma ativa
Apenas ler uma informação raramente é suficiente para gravá-la. Nós precisamos utilizar aquela informação, pensar nela, olhar de diferentes ângulos, enfim, manipular aquela informação, fazer conexões. Fazer um exercício, por exemplo, mesmo que você erre, vai fazer você pensar sobre aquele tema. Outra coisa é fazer anotações enquanto lê um texto ou assiste um vídeo de história. Esse é um dos melhores jeitos de fazer aquelas informações "entrarem na cabeça". Terminou de estudar? Converse com alguém sobre aquilo que estudou. Começou a estudar de novo? Releia rapidamente as últimas anotações que você tem.
Dica 4: estude com alguém
Às vezes, podemos esquecer do que lemos, mas lembramos muito bem das nossas conversas. O conhecimento de cada um é diferente e o conhecimento de um pode completar o conhecimento do outro. Um amigo que vá bem em história ou um tutor podem tirar dúvidas mais facilmente que procurar as respostas num livro. Ferramentas como o ChatGPT são um auxílio parecido, porque esse tipo de chatbot entende suas perguntas e cria respostas específicas, mas você tem que ter cuidado com as informações - é bom verificar tudo que eles responderam depois.
Dica 5: preste atenção nas imagens
Ainda no mesmo tema de buscar outros estímulos que não somente a leitura, é importante prestar atenção nas imagens. Um quadro, um mapa, uma fotografia etc. muitas vezes conseguem juntar várias informações diferentes. Um quadro de Jean-Baptiste Debret mostra cenas do cotidiano do Brasil, mas por trás dessas cenas é possível enxergar elementos do contexto brasileiro da época, como a escravidão, a divisão de funções, a vestimenta etc. Para muitas pessoas, é mais fácil lembrar de imagens que de frases, e isso pode ajudar a fixar o conteúdo.
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