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Educação Física, futebol e aprendizado infantil

A educação física é de fato uma educação ou um passatempo nas escolas? Peguemos o exemplo comum do cotidiano curricular: o Brasil tem em sua majoritária das práticas físicas apenas quatro esportes - o futebol [por questões óbvias], o basquete [por ser marionete norte-americana], o vôlei e o handball. Focar-me-ei apenas no futebol para exemplificar as fortificações do entretenimento superando os entendimentos da estratégia esportiva.

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O floreio futebolístico ganha capas de jornais e apreciação do público que está facetado em uma "educação física do passatempo", não de uma legítima educação física. Por mais que o Brasil seja o maior nome dentro do futebol mundial, sua população não dá as devidas atenções para o cunho intelectual do esporte; enche os olhos o drible de um atacante, mas o passe de um volante não recebe o mesmo coro de exaltação.

Até mesmo as regras do futebol não são condizentemente passadas aos alunos dos primeiros anos do maternal e fundamental, passamos precocemente para a prática do jogo; e os gênios se destacam [seja por condições biológicas/genéticas ou educação familiar ou os dois] e os rejeitados da perna de pau deixados ao vento do esporte e do jogo. Pequenos grupos de habilidosos se formam e outros grupos de desvantajosos também se solidificam - fenômeno este que exclui em maior demasia o conceito intelectual do jogo, tanto para um lado [dos gênios] quanto para o outro [dos esquecidos].

A falta de uma compreensão da ideia trás consequências devastadoras para o cotidiano da criança, pois a mesma, em processo natural de exclusão, tende a ter receio de determinada área do esporte, como é aqui no caso do próprio futebol; como não somente cria uma realidade social alienada das verdadeiras fundamentações do esporte e do conhecimento corporal e de si mesmo, da liberação de endorfina [extremamente necessária para a saúde humana] e da competição amistosa que desenvolve o caráter social do sujeito. O que deveria unir acaba separando os grupos de nossas crianças, criando mesquinharias egocêntricas e/ou traumas sociais.